joi, 1 mai 2008

Política, ontologia e serialismo (com nostalgias)


Gente, esta semana fizemos duas apresentaçoes de lufadas differanssóides - ou seja que já nasceram cabendo cativamente no blog dos prolegômenos. Primeiro queríamos (eu e manolín) comparar a política vista desde sua vinculação com a epistemologia (explorada em variantes humeana, quineana, hegeliana, wittgensteiniana e foucaudiana) e desde sua vinculação com a ontologia. Era o congresso dos jovens filósofos espanhóis e enfiamos neles uns quantos slides esperando que eles concluíssem que seus olhos valiam muito. Os slides estão aqui:

www.unb.br/ih/fil/hilanb/polfil.ppt

Ontem, no mesmo congresso, fizemos o experimento, diante de 100 pessoas, de reviver e reconsiderar os áureos tempos do serialismo filosófico. Certo, fizemos nossos próprios exercícios (em um deles, pedíamos a audiência uma série de perguntas e a série ficou mais ou menos assim: o que é um juízo?, que cheiro tem as núvens? tem carne no hamburger do McDo? que buceta são juízos sintéticos a priori? (tradução literal de "qué coño son juicios sinteticos a priori?"), precisamos do termo "buceta" na pergunta anterior?). Desta vez fomos mais otimistas e estivemos no espírito de um poeminha que escrevi outro dia:
frua, flua, tua dobra
tu fazes um rasgo no mundo

sozinho, ele flutua

não permita que a experiência se conclua

E não permitimos que a experiência se conclua. Introduzimos também a idéia de noise filosófico, como a tentativa de terminar com o gargalo que separa pensamentos relevantes dos irrelevantes. A discussão foi acompanhada de performance de Fabi: livros e livros afogados em vinho e depois pendurados em um varal no auditório da sessão de encerramento do congresso.

Já mais que em tempo, coloquei na rede nosso dossiê sobre o serialismo filosófico:

www.unb.br/ih/fil/hilanb/serialismo.doc

(desculpem pelo .doc, tempos mais livres virão)

Achei que tudo isso era prolegômeno. É que parece que o polemos das árvores com suas partes empurram as coisas das potências para outras potências que parecem atos, mas potência não vira ato - no máximo vira mato. Ah, a imagem ficou lá em cima...

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