vineri, 11 iulie 2008

sem título (mas com bracinhos)

“A potência é puro polemos”, mas também é polemos o que se dá “entre” potências. Os agenciamentos são polêmicos. As potências, como puro polemos, poderiam não ser lidas como indeterminações, mas como “pequenos deslocamentos” (eita, olha ele aí de novo! – e quem disse que deslocamentos são indeterminações? deslocamentos podem ser agenciamentos, organizações disposicionais...) que lançam seus bracinhos abanantes no mundo (os bracinhos são deslocamentos) que, por sua vez, com suas mãozinhas também abanantes, polemizam (também consigo) e “entre” si: Política! Potências podem ser vistas como “possibilia” com bracinhos para fora, mas também podem ser vistas assim: potências “são” bracinhos para fora. Não há potência que não diga olá ao mundo, ou melhor, ser potência é dizer olá. (Agamben diz: ser dentro um fora). O nosso habitar é polêmico. O nosso habitar é político. E o que são potências senão mãozinhas abanantes no meio de tudo (confundindo e organizando tudo, e sempre novamente)?

O bonito do polemos é que ele é aquilo que não nos deixa em paz. O polemos não nos deixa ser quem somos, senão provisoriamente e sob conflito. De forma polêmica, somos sempre outro e outro e outro, enquanto somos nós mesmos... (poderíamos também dizer: somos sempre com outro e com outro e com outro...). As relações são outras e novamente outras a partir da inquietude polêmica dos agenciamentos que não se permitem determinar senão provisoriamente.

[não entendi essa coisa de determinação como palavra-chave....???]

(a pergunta, em mim, acontece mais ou menos assim:) Qual é a política e a ontologia de um deslocamento?

Ah sim, claro, toda ontologia é política!

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