luni, 14 iulie 2008

Categorias é que são disposições

Há uma longa tradição de buscar uma analise condicional das disposições em termos de condicionais; herdeira da fórmula de Carnap no Aufbau: x é solúvel sse colocado em água dissolve. Carnap entendia o sse de uma maneira clássica e vivia numa era pre-kripkeana (antes que a filosofia analítica encontrasse uma reconciliação com a modalidade). Carnap logo desistiu. Depois que os contrafactuais entraram em cena, a idéia era encontrar uma maneira que funcionasse para definir disposições em termos de categorias de uma maneira condicional. Muita gente desesperou desse projeto: o que acontece quando uma potência está lá sem ato? A análise condicional faz parecer que potências não podem ser atuais.
Mas, e um reverso da análise condicional? Entender categorias em termos de disposições, ou para mostrar que elas são projeções ou que elas são o mesmo que disposições.
Um projeto. Se o reverso da análise condicional é possível, então podemos tornar possível uma espécie de humeanismo ao contrário - ou um kantianismo as avessas que as vezes me atrai. O mundo é potência - mas há coisas nele que arregimentam categorias.
A política está aqui, focar em um pequeno deslocamento diante do fluxo. Qual categoria? Toda palavra é um preconceito contra o fluxo. Mas preconceitos fazem fluxo.

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