duminică, 10 mai 2009

Fragmento 267

267. O logos recolhe o vigor imperante da physis. Logos é ordem acolhedora que, todavia, sucumbe sempre novamente à des-ordem despótica do polemos. Falo de uma trama sem télos e nem síntese possível: a dança anárquica dos devires.

Un comentariu:

Antonio Vargas spunea...

uma doxografia rápida e, por isso, críptica. Talvez ele não se refira a este fragmento, doxodoxógrafos futuros terão de esclarecer a questão (em particular, ela parece inseri-la num debate sobre a transcendência absolutamente fora-de-lugar):

1. Mas o logos conhece nenhuma desordem - assim como a imanência não é imanente a absolutamente nada, nem é a imanêncida de o que quer que seja, assim também a transcendência não precisa de forma alguma de um campo imanente do qual ele está longe. Se julgo que algo é transcendente, ele não é algo que transcende o mundo imanente onde eu estou, mas eu e ele somos ambos transcendentes, realidades com alguma propriedade reconhecida por um logos.

O lema da transcendência é a transparência "Se eu realmente acredito em alguma coisa (ie. se eu tenho uma constituicao intrinseca, uma proporiedade), eu acredito que alguma coisa seja realmente assim (eu acredito em uma outra constituicao intrinseca)." Comunidade de transcendentes ignorando qualquer, ó, distância ""opressora"" em relação ao imanente.

2. Aidemim, ademais, a desordem, a desordem absoluta, está atravessada de ponta a ponta pelo logos: números irracionais, teoria dos conjuntos etc... A multiplicidade enquanto tal, a multiplicidade-sem-um, é objeto de uma ciência matemática. A imanência não é essa desordem. Isso está correto, mas é um modo metafórico de falar, uma confusão de níveis.