luni, 6 aprilie 2009

Do 245 ao 250

245. Erramos sem direção e quase sem perceber chegamos aos arrabaldes da ordem, onde as formas pré-estabelecidas se dissolvem exigindo de nossa imaginação ontológica a astúcia abusada de quem deve criar para poder respirar.

246. O caos deforma envolvendo-nos por todos os lados com suas chamas.

247. Más testemunhas para os homens são os olhos e os ouvidos, se almas civilizadas eles têm.

248. O abuso é preciso disseminar como um incêndio.

249. A discórdia não é princípio para revoluções, ela é revolução.

250. Zaratustra certa vez me alertou em relação ao Panta Rei: "faz atenção Heráclito, tudo não flui, pontes e represas foram criados pelos homens sobre o rio do devir!" Mas o que seria essa ponte ou represa, senão quimeras que permitem aos homens esquecerem seu a-fundamento?

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